"Quem me confia em olhos,

               Nas meninas dele vê

                    Que meninas não têm fé."

 

                                   Camões.

               

Ubirajara Sá
"Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o amor da liberdade, o amor da verdade."
Textos
Por que não falar de Rosas?

São muitos as santas e os Santos
Tantos que não me proponho contar
No altar, nos bares e lugares tantos
Mantos que me cobrem e fazem-me calar
Sábios e turrões com os infelizes no saber
Acalanto dos probos sabedores de lazer.

Mas sempre há uma Rosa de olor mais forte
Rosa que norteia quem está em brancas nuvens
Luz, luzes em cérebros pobres e sem norte
Aporte de fracos e de mentes solúveis.
Um Carvalho da família das Fagaceae arbívora
Forte planta que encanta a Santa e a víbora.

Com fibra se luta, se luta até a morte...
Sorte é mistério que nunca foi o forte
De quem não tem destreza posta à mesa
Só o esforço não conta, tem que ter firmeza.
Quem não tem nobreza, tem que ter conta
Ser afiançado por uma cultura de ponta.

Lordes e pobres não se misturam: diz Borges
Há que ter princípios nobres
Há que trazer cheios alforjes
De sapiência, princípios e orbes.
Uma briga de coração e consciência
Uma luta para aprovar a providência.

Um agradecimento se faz urgente
Mente quem assim não pensa
Que vença o melhor, o mais exigente!
Dá àqueles que te pedem... Sentença
Para os que lhe ofendem no pudor!
Mas, à sua arte, amor, amor, amor...

 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 03/01/2010
Alterado em 04/12/2014
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     "Oh! Não te espantes não, Dom Antônio, 

     Que se atreva a Bahia

     Com oprimida voz, com plectro esguiu

     Cantar ao mundo teu rico feitio, 

     Que é já velho em Poetas elegantes

     O cair em torpezas semelhantes."

                                                            Poesias Satíricas - G. de Matos.

 

     Uma Canção

 

         "Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando...

                                                  Se esse pobre canta,

                           por que blasfemas, tu que possuis tão

                              doce recordação da vida, amigo?"

                             Cem poemas chineses - Hugo de Castro.