"Quem me confia em olhos,

               Nas meninas dele vê

                    Que meninas não têm fé."

 

                                   Camões.

               

Ubirajara Sá
"Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o amor da liberdade, o amor da verdade."
Textos
Eterna Namorada
Toquei em você, minha doce esperança
Tão branca; tão franca...
Uma agonia espreitava-me antes da sua chegada
Ao ver você, fiquei esfuziante de alegria
Madrugada ainda, eu sonhei com os seus carinhos
Não sabia, juro que não sabia
Que um dia você viria até mim
Minha namorada eterna,
Uma dança, uma esperança
Os passos calcados, calados
Rebeldia de uma moça explosiva
De um homem vazio.

Em cio, desesperados
Corpos colados, passos alados
Vôos soturnos, noturnos
Vidas eternas, compromissados
Lado-a-lado no caminho
Um ninho no futuro
Um quintal sem muro
Um amor sem fim
Um’alma em vida
Um corpo sem cor
Num lindo jardim
Num despertar de uma flor.

Vida de minha vida
Esperança do sem fim
Alma que me trouxe lida
Carne que se faz em mim
Eu quase desnudo do corpo
Roto, sem alma,
Na sua me acalmo...
E tu, formosa dama,
Que me chama
Que me inflama
É a um tempo, sopro
A outro, o bálsamo de esperança.
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 15/10/2010
Alterado em 17/10/2011
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras

     "Oh! Não te espantes não, Dom Antônio, 

     Que se atreva a Bahia

     Com oprimida voz, com plectro esguiu

     Cantar ao mundo teu rico feitio, 

     Que é já velho em Poetas elegantes

     O cair em torpezas semelhantes."

                                                            Poesias Satíricas - G. de Matos.

 

     Uma Canção

 

         "Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando...

                                                  Se esse pobre canta,

                           por que blasfemas, tu que possuis tão

                              doce recordação da vida, amigo?"

                             Cem poemas chineses - Hugo de Castro.