"Quem me confia em olhos,

               Nas meninas dele vê

                    Que meninas não têm fé."

 

                                   Camões.

               

Ubirajara Sá
"Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o amor da liberdade, o amor da verdade."
Textos
O Computador e a Canção
Após saborear umas duas ou três taças de vinho,
Ouvindo Mireille Mathieu, e, logo depois, Charles Aznavour
Sentei-me diante de um computador; um pouquinho
De tristeza, parce toujours je suis distance de mon amour...
Um computador que não ouve, mas que obedece:
Frio n’alma; morto por dentro; vazio; companheiro...
O primeiro que sente os meus dedos frios, um verdadeiro
Asno das letras e pensamentos; cruel, não esquece
Nada do que nele se traça...
Uma desgraça!

Só eu sofro diante do seu teclado negro e fosco...
A canção ofusca-me a mente
Eu fico pasmo, quase enlouqueço; tosco
E agreste, ele me acompanha, dementemente...
Mas Aznavour com sua voz maravilhosa canta
E com uma brejeirice entorpecente
Alevanta um morto que me ia enrolado na manta
Sob o olhar e o roçar de uma ardorosa vendeira
Que aos meus ouvidos sussurrava ais de La Violetera.
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 01/04/2010
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     "Oh! Não te espantes não, Dom Antônio, 

     Que se atreva a Bahia

     Com oprimida voz, com plectro esguiu

     Cantar ao mundo teu rico feitio, 

     Que é já velho em Poetas elegantes

     O cair em torpezas semelhantes."

                                                            Poesias Satíricas - G. de Matos.

 

     Uma Canção

 

         "Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando...

                                                  Se esse pobre canta,

                           por que blasfemas, tu que possuis tão

                              doce recordação da vida, amigo?"

                             Cem poemas chineses - Hugo de Castro.