Quadrado Mágico
Quatro quartos quadrados; quatorze
Caminhos, caminhados, contados; compondo;
Sofejando; soprando; soletrando com pose
De quem não pensa que comete crime hediondo...
Se faço quatro ou três controversos versos
É porque o tempo que passo pensando
Não me faz ficar feliz com os meus perversos
Argumentos; intensos; deslocados do que mando...
Qando invento palavras, raciocínios frásicos;
Rasgo a retina para não a manchar de serpentina
De mil cores; louvores ao meu ego antropofágico
Que, no quarto quadrado, emoldura minha sina!
Ah! se eu fosse rever onde fiquei preso no quadrado
Mágico; louco quadro de mil cores contrárias à lógica!
Como a vida sufoca o ser sem dizer o porquê e de que lado
Caminhar sem ferir; sem dizimar minha parte ideológica!