"Quem me confia em olhos,

               Nas meninas dele vê

                    Que meninas não têm fé."

 

                                   Camões.

               

Ubirajara Sá
"Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o amor da liberdade, o amor da verdade."
Textos
Rio Vermelho
 
 
Capitalistas atrofiam a vontade soberana do povo,
Impondo os seus dotes escravocratas milenares;
Sordidamente, um burguês, Burgo, é um corvo!
Impiedoso, o vil sorri de quem come por olhares.
 
Um prato lavado, uma alma já cansada e ferida;
A fome tratada como brinde àqueles que morrem...
Um osso, um pedaço de braço, um pé na descida,
A lama, a água suja, as casas e corpos escorrem...
 
O rio vira esgoto, e corre, e morre, e corre, e morre...
Escorre de um filete que acaba com Deus e a alma;
O rio pintado de vermelho barro, acamado, acalma...
 
Antes de se ver orlado, derramado, afogado no mar,
Quer voltar; e o oceano, revoltado, de lama se ornou;
E pintado, o seu leito, de barro; o seu peito sangrou!.
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 19/11/2015
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     "Oh! Não te espantes não, Dom Antônio, 

     Que se atreva a Bahia

     Com oprimida voz, com plectro esguiu

     Cantar ao mundo teu rico feitio, 

     Que é já velho em Poetas elegantes

     O cair em torpezas semelhantes."

                                                            Poesias Satíricas - G. de Matos.

 

     Uma Canção

 

         "Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando...

                                                  Se esse pobre canta,

                           por que blasfemas, tu que possuis tão

                              doce recordação da vida, amigo?"

                             Cem poemas chineses - Hugo de Castro.