"Quem me confia em olhos,

               Nas meninas dele vê

                    Que meninas não têm fé."

 

                                   Camões.

               

Ubirajara Sá
"Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor da pátria, o amor da liberdade, o amor da verdade."
Textos
O Jumento
 
Uma presa só é fácil
Quando fácil é facilitar
Facilitando o mais versátil
Dos falsos que sugam o ar
Morre a vontade de vida;
Sucumbe quem tem ferida.
 
E, sem máscara, segue
O desmascarado infame
Sem cara, sem nome;
Matando de fome a plebe
O Bárbaro Barroco faz-se imundo
Às custas, vive em sono profundo...
 
FaS-se neo golpista
Fakeniano, artista
Mentiroso e anarquista
Ideário, idealista
Reacionário, golpista
Miliciano, avaro à vista
 
Por que não o arrancar à força;
Na forca, com um golpe certeiro
Porque deixar as viúvas, os viúvos
Uivos de filhos e netos, com fome
Filhos sem nome; sem cadastro
Sem madrasta e sem padrasto
 
Uma Bosta no pasto
Um rebanho sem lastro
Só se valem das matas e terras
Um vaqueiro sem vaquejada
Muitas famílias em guerras
Uns pescoços e quase nada
 
Plantio que invades e herdas
Sem lenço e sem documento
Como um jumento, berras:
Queimem logo essas merdas!
Seremos donos, por um momento...
E tu serás fascista e jumento!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 16/06/2020
Alterado em 07/06/2021
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
Comentários
Site do Escritor criado por Recanto das Letras

     "Oh! Não te espantes não, Dom Antônio, 

     Que se atreva a Bahia

     Com oprimida voz, com plectro esguiu

     Cantar ao mundo teu rico feitio, 

     Que é já velho em Poetas elegantes

     O cair em torpezas semelhantes."

                                                            Poesias Satíricas - G. de Matos.

 

     Uma Canção

 

         "Uma canção ao longe... É um mendigo que está cantando...

                                                  Se esse pobre canta,

                           por que blasfemas, tu que possuis tão

                              doce recordação da vida, amigo?"

                             Cem poemas chineses - Hugo de Castro.